SETORES

SANEAMENTO

Água e Esgoto

Segundo o Banco Mundial, o Brasil apresenta baixos índices de saneamento básico quando comparado a outros países. Em fornecimento de água, ocupa o 100º lugar do Ranking Mundial, e o 132º em tratamento de esgoto. Para transformar esse panorama, o Plano Nacional de Saneamento Básico do Ministério do Meio Ambiente estima que são necessários mais de R$ 300 bilhões em investimentos em projetos de saneamento no País pelos próximos 20 anos. No entanto, o setor privado representa cerca de 7% das operações e aproximadamente 20% do total de investimentos em saneamento nos últimos anos.

Resíduos Sólidos

Atualmente, ainda existem 3 mil lixões em atividade em cerca de 1600 cidades brasileiras, de acordo com Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o que mostra uma demanda de investimentos privados nesse segmento. A Política Nacional dos Resíduos Sólidos determinou o encerramento de todos os lixões do Brasil até 2014, prazo que não foi atendido. Hoje, 90% dos municípios do país contam com coleta de lixo, mas apenas 59% usam os aterros adequados para descarte de resíduos, segundo a Abrelpe.

Drenagem

A Lei Federal do Saneamento Básico (Lei 11.445/07), define a Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas como o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. Por conta da dificuldade de se praticar modelos de cobrança aos serviços de drenagem, não é comum a contratação de Concessões e PPPs para a gestão de drenagem urbana. No entanto, os projetos desse segmento são recorrentes entre gestores municipais que visam atender a demanda de infraestrutura de saneamento da população.

ENERGIA

Energia

Atualmente, a matriz elétrica brasileira está dividida em hidrelétrica (64%), térmica (26%), eólica (8%), nuclear (1%), e solar (1%), segundo a Aneel. Até 2027, o Brasil vai aplicar mais de R$ 2 trilhões na geração de energia com uma tendência de crescimento para as fontes de energia renováveis. Os investimentos podem representar uma economia inicial de 14% nos gastos com eletricidade. Além disso, o Brasil já conta com parcerias realizadas com o setor privado que abrangem além da energia renovável e não renovável, setores como os de transmissão e distribuição de eletricidade.

TRANSPORTE

Portos

Responsável pela maior parte da importação e exportação de produtos no país, o setor portuário cresce sua participação na economia a cada ano. Com a nova Lei dos Portos (Lei 12.815/13), aprovada em 2013, e por ser considerado setor prioritário para investimentos dentro do governo, é esperada uma contínua expansão do setor portuário brasileiro nos próximos anos impulsionado principalmente por investimentos privados e concessões das diferentes esferas de governo.

Aeroportos

Responsável pelo trânsito nacional e internacional de pessoas e cargas no país, o setor aeroportuário passou por um crescimento expressivo nos últimos anos, quando o número de passageiros mais que triplicou em todo o Brasil, de acordo com a Secretaria de Aviação Civil. As concessões de aeroportos federais foram responsáveis em grande parte por esse crescimento. Para os próximos anos, estão previstas novas rodadas de concessões de aeroportos, que contemplam 22 terminais de diversas regiões do País.

Mobilidade Urbana

Considerada como um dos principais desafios dos gestores públicos, a mobilidade urbana tem grande demanda de projetos nas esferas federal, estadual e municipal. Com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei n° 12.587/2012) que visa privilegiar o transporte não motorizado e o transporte público coletivo, o setor aponta a necessidade de mais de R$ 200 bilhões em investimentos para suprir as demandas, de acordo com o BNDES. Atualmente, os grandes projetos em mobilidade urbana serão realizados em Metrôs, VLTs, Monotrilhos e BRTs, visando aumentar a qualidade de vida da população ao cooperar com a circulação e acesso amplo e democrático ao espaço urbano, de forma mais rápida, eficiente e ecologicamente sustentável.

Rodovias

A melhoria da malha rodoviária brasileira é um dos maiores desafios que o Estado brasileiro encontra para redução do custo logístico do país. A matriz rodoviária corresponde a 61% do transporte da produção nacional de bens e, atualmente, apenas 12% dos mais de 1,7 milhões de quilômetros de rodovias são pavimentados, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte. Para os próximos anos, os leilões de rodovias do Governo Federal devem corresponder a aproximadamente R$ 140 bilhões em investimentos.

Ferrovia

O modal ferroviário se caracteriza por transportar grandes quantidades de carga a um baixo custo para longas distâncias. Apesar das características do modal e das dimensões continentais do Brasil, o setor ferroviário corresponde a 21% do transporte de toda a produção nacional de bens. O setor também é tratado como prioritário pelo Governo para destravar gargalos logísticos e reduzir custos de transporte. Com esse cenário, a perspectiva é de investimentos privados significativos previstos para os próximos anos.

INFRAESTRUTURA SOCIAL

Saúde

No Brasil, 64% dos hospitais e prontos-socorros estão superlotados, e 73% das unidades médicas não possuem a estrutura adequada, de acordo com o Tribunal de Contas da União. Frente à essa demanda, os contratos de PPP já realizados para a saúde com o setor privado são casos de sucesso e englobam desde a construção de Unidades Básicas de Saúde até Hospitais de Alta Complexidade em diversas esferas de governo.

Educação

Um terço das crianças até 3 anos no Brasil estão fora da escola por falta de vagas em creches, segundo o IBGE. Além disso apenas 0,6% das escolas brasileiras têm infraestrutura próxima da ideal para o ensino, de acordo com relatório da UnB/UFSC. O atual cenário demanda projetos e novos investimentos em todo o país. Atualmente, as PPPs escolares englobam a construção da infraestrutura e a operação das unidades de ensino. Esse modelo permite que o setor público possa focar estritamente nas atividades pedagógicas.

Habitação

O déficit para esse setor no Brasil representa cerca de 5,4 milhões de habitações, de acordo com o IBGE. O investimento estimado para reverter esse cenário é de R$ 760 bilhões até 2024. A viabilização de projetos de habitação social via PPP representa uma solução estratégica para estados e municípios em termos de custo, agilidade e qualidade no longo prazo. Além disso, a promoção de ocupações de usos mistos, que são usadas ao mesmo tempo para comércio e residência, possibilita a captura de renda de outras atividades de negócio para o subsídio às habitações sociais, beneficiando, assim, o setor público.

Penitenciária

De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil conta com mais de 800 mil presos, o que agrava a superlotação dos presídios e o déficit de vagas no sistema penitenciário. Com projetos de concessões nos estados e mudanças no marco regulatório, os projetos de parcerias público-privadas para penitenciárias tendem a aumentar em todo o país. Atualmente, o modelo de contrato usualmente proposto envolve a construção e manutenção por parte do parceiro privado e a operação compartilhada com o poder público.

Atendimento ao cidadão

Com diversos contratos nos governos municipais e estaduais, os projetos de atendimento aos cidadãos abrangem serviços de natureza pública que dependem de uma infraestrutura relacionada, como centrais de multisserviço (solicitação de documentos e informações), terminais rodoviários, centros de comércio popular, entre outros.

Arenas

As arenas multiusos ou multipropósitos são instalações capazes de sediar os mais diversos eventos esportivos e de entretenimento de grande porte que ocorrem no país, como espetáculos culturais, shows, apresentações esportivas, exposições comerciais, seminários, congressos, rodeios, motocross, entre outros. Este setor ficou em evidência devido à renovação e a novas arenas para a Copa do Mundo Brasil 2014. Atualmente, as parcerias público-privadas visam evitar o gasto de verba pública para esse setor e modernizar estruturas esportivas antigas.

Iluminação Pública

Desde 2015, a iluminação pública passou a ser de responsabilidade municipal, conforme a resolução 414/2010 da Aneel. Com inúmeros projetos em diferentes municípios, a iluminação pública brasileira conta com uma estrutura pulverizada e demanda R$ 27 bilhões em investimentos em todo o país, de acordo com o Banco Mundial. Além disso, apenas a troca de lâmpadas tradicionais por lâmpadas de LED, promovendo, assim, a redução nos gastos de energia elétrica, conta com um potencial de investimentos de R$ 40 bilhões. O cenário de demanda de investimentos para esse setor mostra que as concessões e parcerias público-privadas são uma solução eficiente para a iluminação pública das cidades brasileiras.

INVESTIMENTO PRIVADO

Investimento em Indústria, Exportação e Internacionalização

Os investimentos privados têm como objetivo gerar retorno monetário aos seus investidores através de uma relação privado-privado. No setor de exportações, o alto crescimento e o desenvolvimento das empresas geram oportunidades a serem capturadas principalmente nos países em desenvolvimento. A BF Capital fornece soluções personalizadas durante o desenvolvimento dos projetos por meio da elaboração do plano de negócios, definição das estratégias financeiras, análise de viabilidade econômico-financeira, definição da estrutura de capital, capacidade de endividamento do projeto e financiamentos estruturados, mitigantes de risco, análise de mercado e captação de recursos financeiros (via Debt ou Equity).

ÓLEO E GÁS

Óleo e Gás

Com demandas para modernizar a indústria e melhorar a logística, transporte e distribuição de petróleo e derivados pelo país, o setor de Óleo e Gás necessita de investimentos do setor público e da iniciativa privada. Para os próximos anos, a expectativa é de um novo ciclo de investimentos, com os leilões de áreas de exploração de petróleo e gás natural.